segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Análise: The Loved Ones (2009)


 
Direção: Sean Byrne
Roteiro: Sean Byrne
Elenco: Xavier Samuel, Robin McLeavy, Victoria Thaine, Jessica McNamee, John Brumpton, Richard Wilson
Duração: 84 minutos
Gênero: Terror / Suspense
Países: Austrália
Idioma: Inglês
Resumo: Após rejeitar um pedido para ir a formatura com Lola, Brent é seqüestrado e torturado.

 

Formatura é uma coisa muito mais séria do que parece. Pelo menos para Lola Stone (Robin McLeavy), que pede para Brent (Xavier Samuel) acompanhá-la até a cerimônia e é rejeitada, a coisa parece virar questão de vida ou morte. O jovem, que ainda está se recuperando da morte do pai, ocorrida a seis meses atrás, a rejeitou por namorar com Holly (Victoria Thaine). Após um passeio pelas montanhas ele é seqüestrado pelo pai de Lola e acaba sendo castigado de maneira impressionante.

O australiano THE LOVED ONES segue algumas técnicas utilizadas nos filmes do Novo Extremismo Francês, em que a parte visual do filme recebe grande destaque, principalmente pela retratação realista da tortura pela qual os personagens passam. Ao contrário da esmagadora maioria dos filmes daquele movimento, aqui o torturado é um homem, e não uma mulher, não se enquadrando no conceito que alguns críticos rotularam como “Torture Porn” – que são aqueles filmes em que personagens femininas passam pelo inferno, sendo torturadas, estupradas, agredidas, perseguidas e todos outros adjetivos infernais que vocês possam imaginar.

Infelizmente, o filme acaba se destacando apenas pelas cenas sanguinárias que contém, e não se pode negar que elas sejam muito bem feitas. Eu me considero uma pessoa forte para esse tipo de material, mas houve certo momento no filme que fez eu me contrair, tamanha a brutalidade das imagens mostradas. No entanto, tirando esses pequenos momentos, sobra um roteiro totalmente raso, cujo argumento seria até interessante e envolvente caso o ritmo não fosse quebrado constantemente pela inclusão de uma história paralela que acaba não servindo em nada à narrativa. Essa quebra de ritmo aliada à tortura por prazer, sem nenhuma motivação explícita ou uma explicação plausível, faz com que o filme fique ligeiramente enfraquecido. O que acaba salvando o roteiro de uma tragédia é uma explicação curiosa para outras pessoas nas quais Lola já teve algum interesse.

De todo modo, os amantes do gênero conseguirão se divertir com o filme. Como ele possui apenas 84 minutos, mal conseguimos ver o tempo passar, então não se torna uma experiência maçante. Caso você não seja muito adepto a filmes que tenham uma alta quantidade de sangue e/ou seja uma pessoa que se impressiona facilmente, não recomendo que você chegue perto desta obra.

0 comentários:

Postar um comentário