quarta-feira, 3 de abril de 2013

TOP 5 - Março/2013


5º Antiviral (2012) - dir. Brandon Cronenberg


A estreia de Brandon Cronenberg - filho do grande David Cronenberg - na direção de um filme com certeza deixou seu pai orgulhoso, ainda mais por se utilizar de elementos já consagrados pelo mesmo, como o body horror e uma história intrigante. Acompanhamos Syd March (Caleb Landry Jones), um empregado de uma clínica que vende doenças de pessoas famosas. De posse desses itens, Syd torna-se um traficante e começa a efetuar vendas no mercado negro. Por mais que falte algum ritmo à história, o diretor esbanja em originalidade, deixando-me ansioso pelo seu próximo trabalho.



4º Le Petit Lieutenant (2005) - dir. Xavier Beauvois


Xavier Beauvois entrega um filme policial seco, que mostra um novato entrando para a polícia parisiense e tendo que lidar com uma série de assassinatos cometidos por estrangeiros. O grande destaque do filme - e que também foi elogiado no recente Políssia (Polisse, 2011) - é o foco na vida pessoal dos policiais. São explorados seus problemas e sua vida fora dos limites da delegacia e como esta influencia no seu cotidiano. E é brilhante a atuação de Nathalie Baye, que interpreta uma policial que ainda se recupera de um trauma mas que é extremamente competente em seu trabalho.

3º Reality (2012) - dir. Matteo Garrone


Desde maio do ano passado eu ansiava por assistir essa obra, por dois motivos principais: a obtenção do Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes e o nome de Matteo Garrone na direção. O italiano é responsável pelo elogiadíssimo Gomorra (Gomorrah, 2010) e pelo desconhecido, mas ainda assim brilhante Primeiro Amor (Primo Amore, 2004). Mesmo tendo um currículo já solidificado por essas obras, Garrone entregou um filme que conseguiu atingir um nível altíssimo ao mostrar a história de um vendedor de peixes que fica obsessivo com a ideia de entrar no Big Brother italiano.

2º Kill List (2011) - dir. Ben Wheatley


Ben Wheatley era um diretor desconhecido para mim até esse mês. A primeira vez que li algo sobre ele foi quando eu estava pesquisando para fazer o post sobre Cannes. Assim, resolvi pegar Kill List para ver do que o diretor era capaz e fiquei absolutamente boquiaberto. A maneira visceral com a qual ele conduz a história dos dois assassinos que acabam confrontando forças desconhecidas é brilhante, e me prendeu totalmente do início ao fim. Já fiquei interessado no restante do trabalho do diretor e desde já correrei atrás de suas outras obras.

1º A Caça (Jagten, 2012) - dir. Thomas Vinterberg


Assim como Reality, A Caça era um filme pelo qual eu estava ansiosamente esperando desde o Festival de Cannes. Thomas Vinterberg foi o responsável pela direção e conferiu uma tensão absurda ao filme, mostrando a história de um homem que é acusado por um crime que não cometeu. O filme me causou uma agonia em grande parte do tempo, a ponto de chegar um momento em que eu fiquei com vontade de pular para o fim para ver como tudo aquilo acabava, tamanho o desconforto que eu estava sentindo. Esse é um filme que vale a pena assistir sem ler absolutamente nenhuma sinopse mais apurada, pois o efeito causado é bem maior.

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