sábado, 20 de abril de 2013

Análise: Trilogia Millenium - Parte 3: A Rainha do Castelo de Ar (Luftslottet Som Sprängdes, 2009)



Direção: Daniel Alfredson
Roteiro: Ulf Ryberg
Elenco: Noomi Rapace, Michael Nyqvist, Annika Hallin, Thomas Köhler, Jacob Ericksson, Anders Albon, Lena Endre
Duração: 147 minutos
Gênero: Mistério / Drama
Países: Suécia / Dinamarca / Alemanha
Idioma: Sueco
Resumo: Enquanto Lisbeth Salander está aguardando seu julgamento por três assassinatos, Mikael Blomqvist arma um plano para provar a inocência dela.

 
E aqui se encerra uma das trilogias mais impressionantes dos últimos anos. Em A Rainha do Castelo do Ar, Lisbeth Salander está hospitalizada e aguardando a sua liberação para ir para a prisão e ser julgada pelo assassinato de três pessoas. Enquanto isso, Mikael Blomqvist luta para editar uma edição de Millenium que envolve a conspiração do governo que está por trás de toda a história de Salander. 
Como Salander não pode sair do hospital, ela conta com a ajuda de seu amigo Plague (Thomas Köhler) - que apareceu brevemente no primeiro filme, mas recebeu muito destaque aqui -  para conseguir informações sobre as pessoas que estão conspirando contra ela, principalmente o médico Peter Teleborian (Anders Ahlbom), que cuidou dela enquanto ela esteve internada em uma clínica psiquiátrica. O médico que cuida de Salander no hospital, Christer Malm (Jacob Ericksson) acaba criando uma ligação com a mesma e também acaba ajudando-a. Ademais, Salander começa a ser representada pela advogada criminal Annika Giannini (Annika Hallin), que luta para provar a inocência de Salander e conta com a ajuda de Mikael Blomqvist para tal.
 
O terceiro filme, assim como o segundo, é dirigido por Daniel Alfredson, que, apesar de baixar um pouco o nível alcançado por Niels Arden Oplev no primeiro filme, ainda alcança um resultado bem acima da média. A montagem de todos os filmes da trilogia merece um destaque especial, pois, em todos os casos, há personagens que passam a maioria do tempo - algumas o filme inteiro - sem se encontrar, e suas histórias são contadas de maneira dinâmica, de modo que raramente nos sentimos cansados e sempre ficamos curiosos para o que vai acontecer a seguir.



As cenas que se passam no tribunal são excelentes, e além de criar grande tensão, fazem o espectador vibrar com os acontecimentos que se passam. Salander está com o visual mais caprichado do que nunca, e Noomi Rapace brilhou mais uma vez no papel. Stieg Larsson acertou em cheio ao criar uma personagem tão rica, cujas atitudes são justificadas por tudo que sofreu em sua infância.

Toda a trilogia fez grande sucesso na Suécia, e após seu lançamento nos cinemas, foi editada uma versão especial (lançada em DVD) em que os filmes aparecem em suas versões estendidas. Tal edição foi transmitida na televisão sueca, e chega a uma duração total de nove horas. É uma coleção que vale a pena assistir, tanto pelas tramas interessantes quanto pelo excelente desenvolvimento de seus personagens, principalmente de Lisbeth Salander, que, mesmo tendo tanta importância quanto Blomqvist, acaba se destacando mais pela atuação primorosa de Noomi Rapace, que após esse trabalho já ganhou grande visibilidade em Hollywood e participou do filme Prometheus (2012) no ano passado e já está no elenco de outros filmes.

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