sexta-feira, 17 de maio de 2013

Análise: Abel (1986)

Direção: Alex Van Warmerdam
Roteiro: Alex Van Warmerdam, Otakar Volocek, Frans Weisz
Elenco: Alex Van Warmerdam, Henri Garcin, Olga Zuiderhoek, Loes Luca, Annet, Malherbe
Duração: 100 minutos
Gênero: Drama / Comédia
Países: Holanda
Idioma: Holandês
Resumo: Abel tem 31 anos e nunca saiu de casa. Seus pais tentam ajudá-lo a superar essa situação, o que acaba gerando acontecimentos inesperados



Após ver que Alex Van Warmerdam estará competindo no Festival de Cannes, resolvi ir atrás do trabalho do diretor. Conhecer os filmes dele também me ajudarão a conhecer um pouco mais da filmografia da Holanda, pois lembro de ter visto pouquíssimos filmes daquele país. Constatei que Warmerdam já tinha sete filmes no currículo, e com algum esforço consegui encontrar alguns pela internet, e o primeiro que assisti foi Abel, seu filme de estreia.

O próprio Warmerdem interpreta o personagem que dá título à obra e este tem 31 anos e nunca saiu de casa, tendo vivido sempre com seus pais (Henri Garcin e Olga Zuiderhoek), que são mostrados de maneira bem estereotipada, com o pai sempre repreendendo Abel por seu comportamento e a mãe sempre o protegendo. Para tentar fazer com que Abel se solte mais, eles chamam um psiquiatra para atendê-lo em casa, mas a tentativa não dá resultados.


O pai de Abel, que trabalha como ator em peças de teatro, resolve então chamar sua colega de trabalho Christine (Loes Luca) para um encontro com Abel, mas a situação que se desenvolve a partir desse evento é tão surreal que prefiro não comentar. Paralelamente a esses fatos vemos o pai de Abel - insatisfeito com seu casamento - indo atrás de outras aventuras e se apaixonando por Zus (Annet Malherbe) uma garota que trabalha em um clube de strip-tease chamado “Naked Girls”.

A trama que se desenvolve a partir desses acontecimentos é tão inacreditável quanto engraçada e percebe-se que o diretor consegue dosar bem momentos de drama com humor negro. Os personagens construídos pelo roteiro são agradáveis, principalmente o pai de Alex, muito bem interpretado por Henri Garcin.


Não posso dizer que o filme é ótimo, pois, mesmo tendo alguns toques bem inteligentes, não há nada fora do comum. Apesar de agradável e nem um pouco incômoda, a obra acaba sendo facilmente esquecível. Por ser um trabalho de estreia, dá para relevar um pouco a inexperiência de Warmerdam, mas tentarei ver os outros filmes dele para ver se houve alguma evolução.

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